Voltar

 

FESTA DE LANÇAMENTO DA CAIXA DA REVISTA SELEÇÕES
Modern Sound, Rio de Janeiro, 3/10/05
(Para ver a ficha dos discos, clique aqui)

 

Por uma feliz coincidência, três eventos acontecidos em sequência aqui no  Rio de Janeiro fizeram com que Fagner voltasse à cidade e brindasse a todos nós com sua presença sempre aguardada e iluminada.

A última vez que ele tinha se apresentado no Rio foi em Novembro de 2004, com o show “Donos do Brasil” no Canecão.

Ontem, na loja de CDs Modern Sound, que está ficando  notória por promover lançamentos de CDs e festas cada vez mais concorridas e  com dificuldades crescentes de se conseguir entrar, se realizou a festa promovida pela Revista Seleções para o lançamento oficial de uma caixa contendo  5 Cds temáticos, com canções abrangendo vários períodos da carreira de Fagner.  A lista completa das canções pode ser vista no site da revista (www.seleções.com.br), onde também se pode adquirir a caixa.

A parte interna, localizada perto do palco do Allegro Bistrô, estava reservada apenas para os convidados da revista.  Já a parte mais externa da loja, recebeu aqueles que conseguiram fazer reserva para o evento, o que foi uma verdadeira dificuldade.

Presentes ao lançamento, amigos e parceiros de Fagner como Abel Silva, o jogador Afonsinho, o compositor de forró Chico Salles e o maestro Rildo Hora,  entre outros.

Acompanhando Fagner, Manassés, felizmente de volta à banda, e o guitarrista Cristiano Pinho.  Pela música de abertura, já deu para ver que seria um show maravilhoso, pois ele começou com “Sinal Fechado”.  A seguir vieram “Astro vagabundo”, “Mucuripe” “Asa Partida”, “Traduzir-se”, “Fumo”, “Frenesi”, “Espumas ao Vento”, Revelação”, “Deslizes”, “Borbulhas de amor”, “Cebola Cortada”, “O Último Pau de Arara”,  “Todo seu querer”, “Canteiros”, “Pedras que cantam”, “Años”, “Quem me levará sou eu”, “Jura Secreta”, “Noturno” e “As rosas não falam”.  Repertório para ninguém botar defeito.  E olha que era um  “pocket show” .  Imaginem se fosse um show completo.  Maravilha, né ?

Conversando entre as músicas, Fagner deu sua opinião sobre o referendo do desarmamento e, como sempre, falou com sinceridade sobre os assuntos do momento .  Mais uma vez, relembrou que foi exatamente alí no edifício em cima da Modern Sound onde ele morou, logo que chegou ao Rio, vindo de Brasilia, em uma kitinete, com duas camas e 8 pessoas (Cirino, Belchior, Jorge Mello e esposa, etc). Falou da colcha de chenile vermelha, no chão, onde ele dormia.  Lembrou que sempre que entra na Modern Sound isso tudo passa na cabeça dele.

Uma linda estória de um vencedor.  Felizmente para ele e para todos nós que o admiramos.

Dos Amigos da Página estavam presentes Rosangêla Serafim , nossa Rô querida, que veio de SP só para a festa, Luiz Carlos e esposa, Simone, eu e Henrique.  Rô foi merecidamente homenageada por Fagner que destacou sua presença no evento e falou do aniversário de 25 anos em que Rô acompanha o trabalho dele, indo a todos os shows e  colecionando muito material sobre ele.  Eu sempre digo, onde posso, que Rô é a maior colecionadora de material de Fagner do Brasil ( e quiçá, do mundo).  Além de ser uma pessoa maravilhosa e cheia de luz.  Foi uma homenagem mais do que merecida e emocionante para nós.

Depois do show ficamos aguardando para saudar Fagner.  Ele veio ao nosso encontro e atencioso e carinhoso como sempre, brincou com todos nós, tirou quantas fotos pedíssemos, sempre pronto  a dar quantos autógrafos se peça e com o sorriso aberto que tão bem conhecemos estampado no rosto o tempo todo.  Foi uma noite maravilhosa, com Fagner no seu melhor humor e feliz por ver os amigos ali presentes.  Mesmo os que não puderam estar ao vivo, como Ricardo Piolla, estavam lá de uma certa forma, pois coloquei Ricardo para falar com ele pelo celular do Henrique, só esquecendo de desligar o telefone depois...
Esse é o grande Raimundo, um dos maiores artistas desse país e na minha suspeitíssima opinião , o maior intérprete do Brasil. Um show inesquecível,  para se recordar sempre,  foi o espetáculo que tivemos a sorte de presenciar ontem.

 

Klaudia Alvarez
4/10/05